Já disseram que o amor é cego e também há quem diga que o amor há de ser eterno, já Vinícius de Moraes dizia que o amor há de ser eterno enquanto dure.
Era primavera de 2003, as pessoas passeavam pelos parques da cidade e aquele casal conversava:
- Você acredita no amor verdadeiro? ¿ Dizia a esposa.
- Se eu não acreditasse, eu não estaria com você por todo esse tempo. ¿ Afirmou o marido.
- Para de ser grosso! Seja carinhoso comigo assim como você era quando começamos a namorar.
- Mas eu te amo, faria tudo por você. Eu mataria e morreria por você e você ainda tem dúvida do meu amor?
- Não duvido, só perguntei se você acredita em amor verdadeiro porque estava pensando em algumas coisas, como o fato de muitas pessoas dizerem ¿eu te amo¿ como se fosse ¿bom dia¿ e depois de um tempo essas pessoas perdem o contato e para onde vai todo aquele amor?
- Mas não compare meu amor com esse amor que as pessoas dizem... É diferente!
É engraçado como os casais acham que eles são sempre diferentes dos outros, que o amor deles nunca vai acabar, que nunca haverá traição, que só o vizinha está errado, eles nunca. Mas o mais legal ainda é que depois de uns dias, meses ou anos tudo aquilo que era bonitinho e fofinho agora morreu ou apenas adormeceu.
Para aqueles que continuam casados, aquele amor ficou mais acomodado, aquele fogo daquela paixão havia se apagado (talvez não por completo, sua chama poderia apenas ter diminuído) e as pessoas mostram como elas realmente são. Já para aqueles cuja sorte não sorriu, continuam procurando um amor, talvez cego, talvez eterno ou talvez eterno apenas enquanto dure.
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